O ano de 1930, foi bastante tumultuado politicamente pelo Brasil, Getúlio Vargas rompendo a política do café com leite, e com desejo de presidir nossa república, chamou João Pessoa para ser seu vice-presidente, mas aqui na Paraíba o clima esquentou tanto que o então candidato foi assassinado e a cidade recebeu seu nome.
Theatro Santa Roza, local da assembleia que mudava o nome da capital paraibana, em 1930.
Foto: Victor Ferreira (2021)
A maioria dos deputados, votaram em favor da mudança do nome para homenagear o ex-presidente da Parahyba, e claro, faltava a sanção do presidente da época, para que nossa capital ganhasse o novo nome.
Jornal A União do dia 4 setembro de 1930.
Foto: Jornal A União
O jornal A União, edição do dia 4 de setembro de 1930, o tìtulo é o seguinte: 'A Glorificação do nome de João Pessôa', e abaixo trazem algumas manchetes, uma delas diz: 'O governo sanccionará hoje o projecto que muda o nome da capital para o do grande presidente.'
Ainda na capa, é divulgado o evento, que aconteceria no Palácio do Governo, às 15 horas daquela quinta-feira, e assim sucedeu, o presidente interino do estado da Parahyba, sanciona a lei e nossa capital, desde o dia 4 de setembro de 1930 aos dias atuais, se chama João Pessoa.
Há grandes questionamentos sobre tal homenagem, até por conta dos fatos que ocorreram naquele ano de 1930, na qual meses depois do assassinato de Pessoa, teve a Revolução de 30 e Getúlio Vargas chegou ao poder.
Série: João Pessoa 437 anos, Do Rio ao Mar
Produção independente da Retratos de Jampa
Assista a série, clique aqui.
E com o passar dos anos, nossa querida cidade foi crescendo, expandindo para atual zona sul, que até década de 40,50 e 60 era considerado área rural, muitas propriedades foram dando espaço aos novos bairros que foram surgindo ou construídos, como por exemplo: Valentina de Figueiredo, Mangabeira e Ernesto Geisel, e que continuam crescendo.
Principal avenida de Nova Mangabeira.
Foto: Victor Ferreira (2022)
Propriedade nas margens da PB 008, em Paratibe.
Foto: Victor Ferreira (2022)
Ainda na zona sul, muitos loteamentos, comunidades e outros bairros surgiram nos últimos 30 anos, como Nova Mangabeira, Parque do Sol, Funcionários 2,3 e 4 e muito mais. E em Paratibe, há uma comunidade quilombola que segundo registros tem mais de 200 anos, imagine quanta riqueza cultural e histórica há nela.
Ponta do Seixas, vista da região do Farol do Cabo Branco.
Foto: Victor Ferreira (2021)
Em 1941, a Ponta do Seixas ganhou o título de ponto mais oriental das Américas, sendo mais um motivo para curtimos nossa cidade, e também para os turistas, que vem nos visitar, alguns de tanto amar João Pessoa, acabam se mudando de vez.
Praça do Povo, Espaço Cultural.
Foto: Higor Ferreira (2022)
Na década de 80, ganhamos o Espaço Cultural José Lins do Rego, no bairro de Tambauzinho, palco de grandes eventos e shows, como o de Legião Urbana em 5 de setembro de 1992, ainda com Renato Russo vivo, também shows de Ton Zé, Paralamas do Sucesso e outros.
Não podemos esquecer dentre tantas coisas da capital, o Sabadinho Bom, evento que reúne centenas de pessoas na Pração Barão Rio Branco, para dançar e curtir a vida, ao som de clássicos da música brasileira. A partir de meio-dia, já pode aparecer na praça, local tranquilo de chegar e bem localizado.
Nós da Retratos de Jampa, ficamos felizes em produzir esta série sobre os 437 anos da capital, tanto aqui no site, como também no nosso canal no Youtube e nosso perfil no instagram.
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