O nome inicial da capital paraibana, foi uma homenagem à Nossa Senhora das Neves, e em 1588, ela recebe outro nome, agora para homenagear um rei, mas quem será? Vamos lá saber quem era esta pessoa e como estava a cidade.
Rei Filipe II. Retrato de Sofonisba Anguissola (1573).
Foto: wikipedia.org
O Rei Filipe II da Espanha, assumiu o trono de Portugal, comandando os dois países, então nossa cidade que até então se chamava Nossa Senhora das Neves, ganha outro nome, agora, Filipeia, uma homenagem ao rei.
No ano de 1590, os benedetinos chegam na Capitania da Paraíba, e logo em seguida constrói um mosteiro e igreja sob invocação de Nossa Senhora do Monte Serrat, mas depois foi renomeado para São Bento.
Em um mapa do ano de 1626, o atual Mosteiro e Igreja de São Bento, é citado como 'Casa de S. Bento'.
Mapa de Filipeia de 1609.
Foto: liber.ufpe.br
No mapa acima, é possível ver uma espécie de forte, na margem do rio, mas não temos como afirmar isto, por não estarmos com algum documento que afirme, mas também visualizar igrejas e casas.
Inclusive é um dos mapas mais antigos que achamos nas pesquisas, uma relíquia.
Entre 1595 e 1612, provavelmente, foi construído à Igreja da Misericórdia, que junto com um cemitério e um hospital, que formavam a Santa Casa de Misericórdia, fundada por Duarte Gomes da Silveira.
Duarte é uma pessoa bastante importante na história da capital paraibana, pelo fato de ele ter contribuído no avanço estrutural da cidade, já que ele emprestava dinheiro para moradores construírem suas casas, dando até prêmios para algumas pessoas que aqui habitavam.
Ele nasceu em Olinda, no ano de 1555, e veio para Filipeia, e no ano de 1644, veio a falecer e seus restos mortais junto com o da sua esposa, foram deixados na Igreja da Misericórdia.
Igreja da Misericórdia.
Foto: Higor Ferreira (2022)
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André Vidal de Negreiros.
Foto: wikipedia.org
No ano de 1620, no Engenho São João, na cidade de Filipeia, nasceu André Vidal de Negreiros, ele que décadas depois foi considerado héroi brasileiro, por sua atuação na expulsão dos holandeses, das terras nordestinas.
Ganhou diversas homenagens, e aqui em João Pessoa, um busto no Ponto de Cem Réis, que inclusive o nome oficial da praça, é o nome do paraibano, e também dá nome ao 15° Batalhão de Infantaria Motorizado, em Cruz das Armas.
Série: João Pessoa 437 anos, Do Rio ao Mar
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Entre os séculos XVI E XVII, surge o Largo da Câmara, atual Praça Barão Rio Branco, e era o local que funcionava o centro admistrativo e sede da Capitania Real da Parahyba.
Praça Barão Rio Branco.
Foto: Victor Ferreira (2021)
No entorno da praça, há construções históricas, como o antigo paço municipal, antiga cadeia e a antiga residência do capitão-mor, hoje em dia, acontece o Sabadinho Bom, evento na qual reúne centenas de pessoas para curtir e dançar ao som de músicas populares brasileira.
Mapa da Parahyba, de João Teixeira Albernaz, 1626.
Foto: liber.ufpe.br
Neste mapa, é citado alguns lugares famosos: Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, Casa de São Bento, Centro Cultural de São Francisco e diversos outros.
Por volta dos anos 1630, a Paraíba estava sofrendo com ataques holandeses, numa tentativa da invasão, e que infelizmente se concretizou em 26 de dezembro de 1634, começando um novo período na história.
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